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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Cuidados especiais com as crianças no inverno



Com a chegada do inverno, é preciso redobrar os cuidados com a saúde de bebês e crianças. As infecções respiratórias são a principal causa do aumento na procura por atendimento em clínicas, hospitais e postos de saúde, mas casos de desidratação também são comuns. É preciso ficar atento à alimentação e aos agasalhos. Poucas roupas ou roupas demais podem prejudicar a saúde dos pequenos.
“Em crianças, a incidência de infecções respiratórias é maior no inverno por ficarem expostos em ambientes fechados”, afirma o médico pediatra Márcio Donegá. “O ideal é manter a criança em ambiente ventilado e com exposição natural de luz. Nesses espaços, os vírus e as bactérias se proliferem com maior dificuldade”, aponta ele.
Nos dias mais frios, agasalhar bem as crianças é muito importante. Blusas de lã, gorros, toucas e mantas ajudam a manter crianças e bebês aquecidos e são necessários porque eles não têm as mesmas defesas que um adulto tem para lidar com as temperaturas baixas. Mas excessos devem ser evitados em ambientes internos. “É bom ter o bom senso quanto ao uso de agasalhos. Dentro de casa, por exemplo, não há necessidade de a criança usar várias blusas. O uso de mais roupas é aconselhado quando a criança vai para a escola ou para algum outro ambiente externo”, afirma Donegá.
Roupas demais, no entanto, podem ser sinônimo de problemas, alerta o médico. Há crianças que apresentam quadro de desidratação durante o inverno causada por sudorese excessiva devido ao uso de agasalhos e pela falta de ingestão de líquidos.
É natural que no inverno o consumo de líquidos seja menor, mas os pais devem estar atentos e oferecer com maior freqüência água e sucos às crianças. O pediatra lembra ainda que a ingestão de líquidos ajuda não só na hidratação, mas também auxilia na expectoração de secreções. Quando em excesso, as secreções tornam-se um meio satisfatório para a proliferação de micróbios causadores das doenças respiratórias.
Outro ponto importante são as atividades físicas. Assim como acontece com os adultos, quando a temperatura baixa, é comum cair também o ritmo das atividades físicas das crianças, que acabam ficando mais tempo dentro de casa. Mas o pediatra ressalta que crianças habituadas a praticar esportes devem manter a rotina de exercícios durante o inverno. “O inverno não é um empecilho para a prática de atividades físicas”, afirma Donegá. Os exercícios, segundo ele, são uma excelente alternativa para o condicionamento respiratório das crianças e também uma forma de manter o corpo aquecido, sem a necessidade de várias blusas e agasalhos.
A nutricionista Daniela Accorsi concorda e acrescenta que as atividades físicas ainda ajudam a queimar calorias. “Como as crianças ficam grande parte do dia confinadas em casa e podem comer mais, as atividades físicas e brincadeiras são formas de gastar as calorias ingeridas em excesso.”

Consumo de carboidratos deve ser controlado
No inverno, é natural que o organismo exija maior quantidade de alimentos para manter a temperatura corpórea. Mas isso não quer dizer que esse hábito tenha de acontecer de forma abusiva, como aponta a nutricionista Daniela Accorsi. Ao contrário do que muitos pensam, ela não vê por que mudar o hábito alimentar das crianças no inverno, incluindo na dieta uma quantidade maior de carboidratos. “É comum os pais substituírem sucos e outros líquidos por bebidas feitas à base de leite acreditando assim que estão mantendo a saúde das crianças. O leite é importante, mas não pode ser a única fonte de líquido nessa época do ano”, afirma.
Segundo a nutricionista, a dieta infantil deve ser controlada ao longo de todo ano. Comer mais no inverno, afirma Daniela, não é sinônimo de mais saúde. “Não existe uma dieta especial para o inverno. O consumo de verduras, frutas e sucos deve ser mantido em todas as épocas do ano”, destaca. Ingerir alimentos em excesso, lembra a nutricionista, pode ser prejudicial à saúde se a criança tiver tendência para ganhar peso. “Ainda mais nessa época do ano em que elas geralmente diminuem as atividades físicas e ficam a maior parte do tempo em casa”, ressalta.
Para manter a alimentação infantil em dia, Daniela sugere que os pais estimulem o consumo de frutas da época, que são as cítricas, como laranja e tangerina. “Essas frutas são ótimas fontes da vitamina C, que fortalecem as mucosas do organismo e estimulam o sistema imunológico, prevenindo o aparecimento de doenças”, diz a nutricionista. “E o consumo de frutas deve ser complementado com a ingestão de outros líquidos, pois assim facilita a secreção”, completa.

Intoxicações são mais freqüentes em crianças
O Brasil registrou 479 mortes em 108.405 casos de intoxicação por substâncias tóxicas em 2007. Os dados foram registrados por 30 Centros de Informação e Assistência Toxicológica espalhados por todas as regiões do País, que integram o Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (Sinitox). Apesar da maior parte das instituições se concentrar nas regiões Sul e Sudeste, o mapeamento é um reflexo da contaminação por substâncias químicas no Brasil. Nesse espelho, observa-se, por exemplo, a prevalência de ocorrências (22%) na faixa etária entre um e quatro anos de idade.
De acordo com a coordenadora do Sinitox, Rosany Bochner, os números são uma amostra das ocorrências nacionais. “O estudo aponta várias questões indicadas na literatura e perceptíveis em cada região”, diz. Rosany relaciona a facilidade de compra de medicamentos com os índices de contaminação. “Há uso e venda indiscriminada de remédios hoje em dia, além da automedicação. Por isso, eles aparecem sempre como causa número um”, afirma.
A pesquisa corrobora a afirmação de Rosany, e os medicamentos dominam os índices de intoxicação no País.
Risco é maior entre 1 e 3 anos de idade
Os números comprovam que crianças entre um e três anos de idade são a faixa etária de maior risco. Das 108 mil ocorrências, aproximadamente 24 mil aconteceram nessa faixa etária. “É a idade em que a criança explora tudo pela boca. Ela ainda não tem capacidade de discernir o que é cada coisa. Como estão em uma fase de descobertas, acabam confundindo um produto de limpeza com suco ou refrigerante”, explica Alessandra Françóia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura. Dados da instituição apontam para 81 vítimas de intoxicação em 2006.

Fonte: Jornal de Londrina

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